domingo, 2 de novembro de 2008

Máquinas electronicas, cartões perfurados, etc...Agora papel é que não!

Aqui vos deixo um pequeno excerto de uma notícia do Diário de Notícias. Dá que pensar, quando o país que levou o Homem à lua, não consegue realizar uma simples contagem de votos. O mais básico de uma eleição democrática está sempre posto em causa. Faz lembrar algumas eleições em países noutro continente...

"Os americanos vão às urnas esta terça- -feira e quase dez milhões vão votar de forma electrónica, quando se elevam as críticas a este modelo eleitoral.Os problemas são principalmente técnicos. Não só os ecrãs tácteis dos equipamentos de voto falham ou registam a escolha no outro candidato, por vezes, como vários estudos independentes mostram que é fácil manipular o software das máquinas."Esperemos que não haja problemas com a fiabilidade" dos resultados, refere Susan Greenhalgh, da organização independente Voter Action, citada pela CNN. Mas com o processo de votação antecipado em 31 estados, alguns problemas com votos no candidato errado já foram detectados por eleitores no Colorado, Tennessee, Texas e Virgínia Ocidental. E em Springfield, na vertente humorística mas atenta ao problema, onde Homer Simpson tenta votar em Obama mas as escolhas seleccionam sempre McCain, num episódio que deve ser emitido esta noite na televisão americana, após ter circulado em sites como o YouTube, de onde foi entretanto removido.Esta quinta-feira, as organizações cívicas Brennan Center, Verified Voting e Common Cause divulgaram que pode haver problemas nas máquinas de voto em cerca de 30 estados e que o voto electrónico deve ser validado manualmente ou emitido um comprovativo em papel para eventual recontagem.Também esta semana, dois estados anunciaram o abandono dos sistemas de voto electrónico após as eleições. Maryland vai continuar a pagar a factura de 65 milhões de dólares (só em hardware) até 2014 mas não os volta a usar - o que obriga a um investimento paralelo de mais 40 milhões de dólares até 2011 para regressar ao papel. Tal como na Virgínia, que proibiu a aquisição de mais máquinas. Nenhum dos estados tinha equipamentos com emissão do voto em papel. Outro problema é a facilidade de instalação de software fraudulento para potencial manipulação dos votos. Isto foi feito recentemente em apenas sete minutos, usando uma chave de parafusos para abrir a máquina e instalar um microprocessador, por Andrew Appel, do Center for Information Technology Policy da Princeton University."