segunda-feira, 2 de julho de 2007

O Nome da(s) Rosa(s)

Este Domingo, fui a Tomar assistir a mais uma peça de teatro interactiva, à semelhança da que fui na Quinta da Regaleira.
O cenário desta vez foi o Convento de Cristo.
O relógio marcava 17h30 e a peça ia começar. Estranhamente o convento ainda estava aberto ao público. Mais estranho ainda foi o facto de a peça ser quase na sua totalidade representada por mulheres.
Não é fácil de engolir uma personagem que se chama Guilherme de Baskerville ser representada por uma tipa, especialmente quando essa personagem já foi representada pelo James Bond original!
O objectivo da peça ser representada em ambulatório pelo Convento, é criar um ambiente intimista no qual o espectador parece fazer parte da mesma, ao mesmo tempo que se conhece o espaço em causa. Esta sensação intimista desaparece completamente quando se olha para o lado e vemos mais 103 espectadores a tentarem passar por uma porta estreita, ou então a tentarem enfiar-se numa qualquer sala minúscula.
De meia em meia hora havia passagem obrigatória pelo refeitório para uma suposta refeição ao estilo medieval, mas as primeiras 2 paragens deixaram muito a desejar. A terceira pargem foi medieval de mais e a canja de galinha (onde é que estavam a galinha e o arroz?) foi sorvida sem colher, ao melhor estilo das praxes da faculdade.
Por entre o público encontravam-se várias crianças e adolescentes, que não contiveram o riso (muitos adultos também não) quando a rapariga que faz de camponesa despe a roupa e de mamocas ao léu resolve ir para debaixo do hábito do Noviço Atso (um dos poucos actores masculinos).
A trama foi-se desenrolando e as monjas iam fazendo o seu melhor para parecerem monges.
Já eram 22h45 quando a maratona chegou ao fim. Nunca tinha estado 5 horas a ver teatro.
A salientar pela positiva o espaço e a trama da peça. Já pela negativa fica o excesso de espectadores, e o infindável número de mulheres transvestidas que retiram a credibilidade às personagens que representam, especialmente numa peça de carácter masculino tão vincado.

1 Comments:

Blogger gAnDaMaLuKo said...

Queixas à parte, sempre deu para ver mamas.

2:52 da manhã  

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