quarta-feira, 25 de junho de 2008

Força sobre-humana

Fui este fim de semana a arraiolos para assistir ao casamento de um casal amigo. Coisa mais acolhedora feita em casa com uma vista fenomenal sobre a planície alentejana.
Chega a altura de a noiva lançar o bouquet. Ora a coisa já não é como dantes e o numero de raparigas solteiras ávidas por casar a seguir começa a contar-se pelos dedos. A noiva, para evitar o embaraço de ter apenas dois grilos a disputarem o seu ramo de flores, achou por bem juntar homens e mulheres solteiras e fazer deles o alvo do seu raminho.
Eu alinhei a contra gosto e discretamente coloquei-me na última fila.
Quem já foi a casamentos sabe que nestas alturas as noivas ganham uma ipressionante força naqueles braços (não sei se pela antecipação da noite de nupcias, se pela vontade de assistir a outra pessoa a ter que gramar um dia a dar beijinhos e a tirar fotos) e o lançamnento sai sempre mais alto, mais longo ou mais forte do que seria ideal.
A 1ª tentativa faz um voo pela estratosfera e quase sai da propriedade... O pessoal ri e alguem devolve o ramo à noiva para uma segunda tentativa. Tempo suficiente para me distrair e olhar para o telemovel.
Eis se não quando começa tudo a bater palmas e a gritar Miguel. Olhei e tentei procurar o tanso. Vejo tudo a olhar para mim e para o raminho estendido a meus pés.
Tentei argumentar da melhor maneira que pude para haver um novo lançamento, mas a coisa não pegou.
Por estas alturas tenho um raminho de flores como centro de mesa cá em casa.