Ser ou não ser...
Já tinha tido uma sensação semelhante a esta uma vez num outro espectáculo. Por acaso na altura era um bailado e desta vez foi teatro, mas a situação era em tudo idêntica.
É uma sensação de nervosísmo, de estar com o coração nas mãos à espera que algo de catastrófico aconteça, sabendo que existe uma grande probabilidade de tal acontecer...
Da primeira vez foi no Romeu e Julieta. Em cena estavam 3 bailarinos lado a lado. Resolvem fazer uma dupla pirueta em sincronia, mas um dos desgraçados quase caiu. Para meu espanto seguem para a segunda dose de duplas piruetas e o pobre rapaz ainda se desiquilibra mais do que da primeira vez. Quando vejo que se preparam para a terceira ronda agarrei-me à cadeira à espera que o inevitável acontecesse e que o tipo saisse de maca do palco. Por sorte ele só andou uns passitos para o lado e a coisa acalmou em grau de exigência. Pude por fim respirar de alívio.
Ontem voltou a acontecer.
O que leva um actor a julgar que pode recitar sem mais nem menos Shakespeare em frente de um público que acabou de pagar 15 eur pelo seu bilhete.
Tudo bem que o cenário era engraçado (quinta da regaleira em Sintra de noite), mas pôr um tipo que não é capaz de pronunciar a palavra Gertrudes, é abusar. Especialmente quando ele faz de rei e tem várias falas. O homem esqueceu-se do texto por mais de uma vez, e por isso cada vez que abria a boca deixava tudo com o coração nas mãos à espera da próxima omissão de texto ou amostra de dislexia recorrente.
A peça lá acabou em grande mortandade, não fosse estar "Hamlet" em cena.
A que estão que fica no ar para o actor é: "Ser ou não ser?" Deixem-me que vos diga, antes não ser! Mais vale voltar ao lugar de técnico de som que era o que ele provavelmente fazia antes de ter de substituir o actor principal por motivo de doença...
É uma sensação de nervosísmo, de estar com o coração nas mãos à espera que algo de catastrófico aconteça, sabendo que existe uma grande probabilidade de tal acontecer...
Da primeira vez foi no Romeu e Julieta. Em cena estavam 3 bailarinos lado a lado. Resolvem fazer uma dupla pirueta em sincronia, mas um dos desgraçados quase caiu. Para meu espanto seguem para a segunda dose de duplas piruetas e o pobre rapaz ainda se desiquilibra mais do que da primeira vez. Quando vejo que se preparam para a terceira ronda agarrei-me à cadeira à espera que o inevitável acontecesse e que o tipo saisse de maca do palco. Por sorte ele só andou uns passitos para o lado e a coisa acalmou em grau de exigência. Pude por fim respirar de alívio.
Ontem voltou a acontecer.
O que leva um actor a julgar que pode recitar sem mais nem menos Shakespeare em frente de um público que acabou de pagar 15 eur pelo seu bilhete.
Tudo bem que o cenário era engraçado (quinta da regaleira em Sintra de noite), mas pôr um tipo que não é capaz de pronunciar a palavra Gertrudes, é abusar. Especialmente quando ele faz de rei e tem várias falas. O homem esqueceu-se do texto por mais de uma vez, e por isso cada vez que abria a boca deixava tudo com o coração nas mãos à espera da próxima omissão de texto ou amostra de dislexia recorrente.
A peça lá acabou em grande mortandade, não fosse estar "Hamlet" em cena.
A que estão que fica no ar para o actor é: "Ser ou não ser?" Deixem-me que vos diga, antes não ser! Mais vale voltar ao lugar de técnico de som que era o que ele provavelmente fazia antes de ter de substituir o actor principal por motivo de doença...