O ar é de todos...
Já dizia o Zé Diogo Quintela, enquanto encostava o pézinho com uma peúga azul com losangos ao nariz do Tiago Dores.
Ao que parece ele não tinha razão, pois o ar não foi de todos durante a tarde de hoje em frente da loja da Ana Salazar na Baixa.
Estava a regressar do almoço e a dirigir-me para o trabalho, como tantas outras pessoas na rua. Deparo-me com um grande aparato cinematográfico em frente à referida loja, com fitas a tapar a passagem e a deixarem um estreita faixa para as pessoas passarem. Tudo bem, dá-se o desconto, desde que não incomodem toda a gente, pensei eu...
Estava enganado! Na pequena faixa em que se podia passar estavam amontoadas dezenas de pessoas, que não andavam nem para a frente nem para trás. Fui avançando enquanto pedia licença, até me deparar com dois individuos a fazer um cordão humano e a impedirem a passagem das pessoas. Pediam para aguardarmos um pouco pois estavam a filmar. Uma senhora entretanto aparece e pede para passar, só para ouvir a mesma resposta que eu ouvi. Ela diz que tem de ir trabalhar e que o patrão já tinha entrado...Sem êxito de novo.
Pensei que tinha de saber o que era tão digno de registo em película que valesse o emprego de uma senhora. Espreitei para a montra da loja e vejo um tipo engravatado a apalpar um manequim de plástico, sem cabeça e com um bikini vestido!
Quero reclamar o meu direito ao ar que se respira em Lisboa sem ser forçado a ver publicidade rasca e a correr o risco de perder o emprego.
Ao que parece ele não tinha razão, pois o ar não foi de todos durante a tarde de hoje em frente da loja da Ana Salazar na Baixa.
Estava a regressar do almoço e a dirigir-me para o trabalho, como tantas outras pessoas na rua. Deparo-me com um grande aparato cinematográfico em frente à referida loja, com fitas a tapar a passagem e a deixarem um estreita faixa para as pessoas passarem. Tudo bem, dá-se o desconto, desde que não incomodem toda a gente, pensei eu...
Estava enganado! Na pequena faixa em que se podia passar estavam amontoadas dezenas de pessoas, que não andavam nem para a frente nem para trás. Fui avançando enquanto pedia licença, até me deparar com dois individuos a fazer um cordão humano e a impedirem a passagem das pessoas. Pediam para aguardarmos um pouco pois estavam a filmar. Uma senhora entretanto aparece e pede para passar, só para ouvir a mesma resposta que eu ouvi. Ela diz que tem de ir trabalhar e que o patrão já tinha entrado...Sem êxito de novo.
Pensei que tinha de saber o que era tão digno de registo em película que valesse o emprego de uma senhora. Espreitei para a montra da loja e vejo um tipo engravatado a apalpar um manequim de plástico, sem cabeça e com um bikini vestido!
Quero reclamar o meu direito ao ar que se respira em Lisboa sem ser forçado a ver publicidade rasca e a correr o risco de perder o emprego.
2 Comments:
Deveria ser! Os asmáticos queixam-se muito...
A publicidade é uma actividade incompatível com o fenómeno do emprego. A Ana Salazar é apenas uma actividade incompatível.
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