Estou sim fala a Marta!

Já lançado na minha segunda semana de função pública e ainda não apanhei o bichinho de não fazer nada, tipo entrar às 10h30 e fazer pausa para café às 11, voltar ao escritório às 11h45. Sair para almoçar às 12h30 e regressar às 14h15. Fazer pausa para café às 15h e regressar às 15h30, para depois "despegar" em beleza às 16h ou 16h30 para quem quer mostrar serviço.
Ando atafulhado em papéis e inquéritos até ao pescoço, mas de 5 em 5 minutos tenho o prazer de atender o telefonema de alguma junta de freguesia com dúvidas sobre o programa informático "das aves"(maldita gripe), ou dúvidas sobre o tipo de rede a usar nos galinheiros, ou qualquer outra coisa do género.
O lado positivo é que passo os dias ao pé do ar condicionado; não chego a casa a cheirar a bosta de vaca/ovelha; e de cada vez que me corto não corro o risco de apanhar brucelose (e já me cortei 2 vezes com papéis); não ando à bulha com as pulgas na cama durante a noite; tenho um contrato por um ano (sem ter de correr o risco de estar a cometer irregularidades, para não dizer mais nada...), passeio pela baixa todos os dias, etc...

Não é esquecimento...

O vazio que houve estes dias explica um pouco, como tem sido a minha vida desde que parti do Algarve.
O tempo é escasso para tanta coisa que quero fazer, ir a cinemas, beber cafés com os amigos, estar com a namorada, a família, o cão, ver uns filmes no DVD,etc.. Acho que ter logo começado a trabalhar na segunda não me permitiu fazer metade do que eu queria, e ao mesmo tempo obrigou-me a fazer o quadruplo do que seria de desejar à frente do computador (com as subsequentes dores de cabeça). Não me aborreçam mais com gripes das aves. Com o calor que está quem é que se constipa!
Admito que não foram só as dores de cabeça que me afastaram deste espaço cibernáutico, acho que também foi um pouco de saudades das pessoas que deixei para trás (mas que não esqueci). Não me apetecia falar de outras pessoas ou de situações novas...
Em breve isso mudará...

A despedida

Ando a queimar os últimos cartuxos. Jantares e cafés de despedida. Aproveitei para dar umas lições de jogos de salão a alguns algarvios que eu aqui conheço. Na verdade ainda lhes deixei ganhar um jogo ou outro para poder viver os últimos dias aqui com tranquilidade. É que se há coisa que eles ficam roídos é que um tipo de Lisboa venha para cá mostrar como é que se fazem as coisas.
O jantar de quarta feira ao que parece deixou mossa, e alguns dos intervenientes ainda andavam um pouco em baixo de forma lá para sexta. Aqui o vosso amigo depois de se ter deitado às 5h30 ainda arranjou força para à hora de almoço ir participar num festim de carapaus (5kg para 6 pessoas, desapareceu tudo! Mesmo com um dos intervenientes a comer muito pouco - lá na Bielorrússia não deve haver muito peixe...)

Há alguns meses escrevi um post sobre a minha companheira de trabalho. Era merecido que eu escrevesse agora um sobre o Vitor...
No trabalho está sempre pronto, excepto quando toca o telemóvel, pois aí pára tudo e o surdo que se aguente a agarrar no vitelo...
Quem vê agora a sua barriga de 9 meses pronta a parir gémeos, não acredita que o rapaz era um espeto. O que vale é que agora eu sei que sem mim ele e o Sr.Pinto vão passar a fazer almoços mais comedidos e sempre dieta. Essa barriga tem por isso os dias contados (deve ser...)
Foi uma festa trabalhar aqui com o rapaz. Para quê rádio no carro? Pessoa simples e amigo do seu amigo. Abriu-me as portas de sua casa e mostrou-me o que era realmente um Algarvio. Pela companhia, por todos os cafés, almoços e jantares, aqui fica o meu muito obrigado.

Não está fácil!

Pela hora madrugadoira, dá para perceber que a festa de despedida foi rija, mais não houve porque os intervenientes não quiseram. De sede não vale a pena morrer mas de trabalho tb não.

Mike in Algarve?

Não durante muito tempo!
Vou passar a ser Mike in Lisboa! Ao que parece fui aprovado para realizar um estágio profissional na função pública. Local: DGV. Início 22 de Maio. Férias? Nada...
Vou trocar o campo por um escritório. Vou trocar o jipe pelo passe social.
Vou voltar aos cafés e cinemas da praxe.
Agora é só arrumar malas e lá vou eu.

Diz-se que não se deve rir das desgraças dos outros. Às vezes é um bocadinho complicado não o fazer... Passo a explicar: No meu local de trabalho há uma pessoa que não vai muito à bola comigo (para não dizer mais). Já houve de tudo um pouco, mas a especialidade é fazer queixinhas ao patrão a ver se me consegue tramar de alguma forma.
Hoje essa tal pessoa apareceu de semblante carregado no local de trabalho. Poucos minutos passados percebeu-se porquê. A frase foi esta:" Vocês que são veterinários, o que é que aconselham para as hemorróidas?" Foi difícil conter uma gargalhada, mas lá consegui.
Há algo de desconcertante ao olhar para alguém que nos acabou de dizer que tem hemorroidal. Seguiram-se várias sugestões (a minha foi ir à farmácia), mas a sugestão vencedora foi: "lavar isso com folha de figueira."
Fui trabalhar e pensei que o meu dia não podia melhorar mais. Mentira! Chegado ao escritório antes do almoço, dou com a porta fechada e com um papel a dizer que este estaria fechado durante o resto do dia. Uns metros mais à frente dou de caras com a detentora do hemorroidal (também conhecido por almerródias e outras coisas do género). Desta vez a frase foi: "Já avisei o patrão que hoje não vou trabalhar mais. Vou dar descanço ao rabo!" A gargalhada foi sonora e impossível de controlar!

Dia da mãe

Ao que parece mães são como os chapéus, há muitas!
Eu no entanto tive muita sorte na que me tocou.
No entanto tenho de dizer que o dia da mãe é um bocado pateta, pois muda todos os anos e é em dias diferentes nos diferentes países.
O ano passado levei uma bronca pelo telefone a dizer que me tinha esquecido do dia da mãe, mas no entanto na Austria esse dia só era na semana seguinte. Quem entende estes dias comerciais?
Apesar de tudo gostei bastante de passar o dia de ontem em família.

Al-gharb e os seus remédios.

Na sequência da minha constipação tive oportunidade de tomar um "xaropezito", que ao que parece acabou com a bicharada má que eu ainda tinha a residir na minha garganta. Era feito com estes bagos e não era mau. O xarope era transparente, com o cheiro e o gosto da fruta, devia era ter uns 50º de teor alcoólico.