quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Teorias da conspiração

Hoje li uma notícia no DN que me deixou bastante perturbado.
É que depois de ler as entrelinhas basta somar 2+2 e obtemos 1640 !?!

Não estão a perceber?Então deixem que vos refresque a memória.

Em 1415 Portugal conquista Ceuta, seguindo-se a descoberta da Madeira (1418) e dos Açores (1432). Estavam dados assim, os primeiros passos para a expansão territorial fora do continente.
Ora por esta altura os nuestros hermanos ainda andavam à bulha com os Árabes, tentando expulsá-los da peninsula ibérica, ou seja estavam a anos luz de Portugal.
Na minha opinião o sucesso traz a inveja de outros, e como tal os nossos vizinhos deviam estar roídos.
Infelizmente depois de um desaire em Alcácer-Quibir, a porta fica escancarada e os vizinhos vêm cá molhar a sopa. Portugal fica sob a alçada espanhola em 1580.
A negligência, o abuso e a quebra de promessas sucedem-se. Como Portugal estava indirectamente envolvido nas disputas europeias espanholas, corria grandes riscos, acabando por perder vastos territórios em Africa, no Oriente e especialmente no Brasil.

Chegamos à parte da história que nos permite gozar um fim-de-semana prolongado, devido a um feriadozito muito jeitoso.

No dia 1 de Dezembro de 1640, um grupo de 40 fidalgos introduz-se no Paço da Ribeira, onde residia a Duquesa de Mântua, representante da coroa espanhola. Como não se bate a uma mulher nem com uma flor, a rapaziada decide atirar o secretário Miguel de Vasconcelos pela janela fora, e depois proclamar D. João, Duque de Bragança, rei de Portugal (pelas minhas contas D. João IV).
60 anos de domínio espanhol sobre Portugal acabam ali.
Claro que o orgulho obrigou os nuestros hermanos a tentar vir cá recuperar o país, e como tal andaram a apanhar nas orelhas durante os 28 anos seguintes até ser assinado um acordo de paz (no entanto Ceuta ficou para Espanha).

Agora perguntam vocês: mas que raio tem a restauração da independência a ver com a porcaria da notícia no início deste já extensíssimo post?

É que a inveja ainda lá está, e como os hermanos ainda não recuperaram de uma série de derrotas às nossas mãos (1385 - pancada ao quadrado em Aljubarrota; 1640 - já vocês sabem, e 2004 no Euro), andam a tentar ver se nos apanham pela calada e se arrumam de vez com a alma Lusa.
Neste caso com a ajuda de algumas multinacionais, toca de encher os Portugueses de sal e banha, para que só sobre um bando de hipertensos e de obesos propensos a enfartes do miocárdio!

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Double O Seven


O último filme do 007 que vi com Pierce Brosnan, fez-me pensar seriamente em abandonar a saga Bond. Carros invisíveis terapia genética que altera seres humanos e satélites que derretem os polos gelados da terra, já eram parvoice a mais.
Ontem a minha fé foi restabelecida. Grande Casino Royale!
Quase morreu por amor e esteve a um passo de perder a masculinidade, chegou a pedir a demissão, não sabia o que beber mas no final tudo isso fez com que se transformasse em Bond, James Bond.
Daniel Craig a mostrar como nasce um agente 00, num filme em que não foi necessário recorrer a grandes sofisticações e alta tecnologia de acessórios, para tornar Bond num agente do MI6 temível e com "eles" bem lá no sítio!

sábado, 25 de novembro de 2006

Acontece-me sempre isto, ouvir falar muito bem de um filme, depois vou cheio de espectativas ao cinema vê-lo, e saio de lá à espera de mais. Foi o que se passou quando vi o Little Miss Sunshine.
Entretanto encontrei antes de entrar no cinema o Dadinho (Nandrolona Boy ou Eduardo da FMV) e começei logo em grande a recitar um pouco do diálogo do filme "Cidade de Deus": Então Dadinho? Dadinho o cara... o meu nome agora é Zé Pequeno,porra! Claro que não reparei que as duas raparigas nas redondezas eram amigas dele e portanto lá se foi a minha hipótese de criar uma boa primeira impressão.
Quem andou ontem a pé por Lisboa, teve a oportunidade de reparar que a cidade se transformou num cemitério de chapéus-de-chuva. Cada três passos dados e lá estava mais um chapéu retorcido no passeio sem direito a um enterro condigno. Quem, como eu, estava abrigado às 17h da tarde de ontem, pode considerar-se afortunado por ter escapado a uma das maiores chuvadas dos últimos tempos. Isso não me impediu de chegar a casa com os pés ensopados. Que sensação desagradável, dar um passo e...chuack. Com sorte fico constipado por mais uma semana.

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

O raio do espanhol!

Lisboa, estação de comboios do cais de sodré, 17 horas 45 minutos e uma vontade imensa de chegar a casa e de curar a porcaria da constipação de uma vez por todas! HAHAHAHA, é a gargalhada que o destino resolve soltar. O primeiro sinal sonoro apenas avisa aos "senhores passageiros que ocorreu um acidente de viação na zona de Alcântara e por esse motivo a circulação ferroviária encontra-se momentaneamente interrompida, origado."
Penso eu, acidente de viação??? Mas isto é um comboio, o que é que os carros têm a ver com o quiosque?
Dez segundos após o 1º sinal sonoro vem mais um dos muitos avisos que tive de aturar neste fim de tarde, mas que dizia, "O próximo comboio com destino a Cascais que pára em todas as estações, vai partir da linha nº 4". Infelizmente só me apercebi que a linha nº4 era a linha que estava exactamente encostada a mim do lado esquerdo, pelo que quase fui atropelado por uma horda de populaça a sair dos restantes comboios e a dirigirem-se à linha 4 por cima da minha pessoa. A cena mais parecida com a que vi nesta altura, foi a imagem do metro de Tóquio e os senhores com luvas brancas a empurrar os passageiros para dentro das carruagens.
Como não estava para me meter naquela confusão resolvi entrar noutro comboio e sentar-me a ler o meu livro. Seguem-se mais 500 avisos a dizer que o comboio da linha 4 irá partir dentro de breves instantes (e nisto eu olho para a cara das sardinhas em lata, que na altura já deviam rogar pragas à mulher dos avisos, por um instante ser igual a 30 minutos). O aviso 501, que veio fazer toda a diferença, foi o seguinte " senhores passageiros o próximo comboio com destino a Cascais que pára em todas as estações, vai partir da linha nº 5."
Na minha cabeça enquanto via a horda de gente a mudar de carruagem e a espumar da boca apenas se ouvia a seguinte melodia.
A conta gotas o s comboios foram saíndo e outros chegando. Finalmente o meu partiu. Acabei de ler o livro que levava comigo. Duas horas mais tarde chego a casa. Ligo as notícias e percebo que a causa de todo este transtono, foi nada mais nada menos do que um senhor espanhol, que "estacionou" o seu camião TIR na linha de comboio, depois de ter galgado o separador, por ter ficado encadeado com o sol que se estava a pôr.
E óculos escuros, não??

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Ontem houve festa, hoje cheira-me a constipação...
O corpo começa a ficar dorido e a garganta lidera o ataque!

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Passei ao lado de uma carreira brilhante!

Sábado houve despedida de solteiro! Foi a rapaziada toda para Palmela para começar a noite nos Karts. Para quem como eu nunca tinha experimentado, só posso dizer que vale a pena, 39€ por 15 minutos de treinos+30 de corrida. Convém dizer que o meu apelido passou a ser Alonso, e que tenho a taça de 1º lugar (roubei-a a quem ganhou) para confirmar. Grande experiência de ultrapassagens e derrapagens rente ao solo, impulsionada por um motor de cortador de relva. Começaram 12, acabaram 11 (alguém teve de parar para fazer uma visita ao Sr. Gregório), com a ocasional saída de pista.
Às 23h30 estava já o pesoal pronto para jantar na marisqueira Lis. Houve de tudo, até pintura de paredes e enchimento de lavatórios. Quanto ao que aconteceu depois, só Deus sabe!

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Para mim "uma sem" por favor...

Aqui vai uma homenagem há muito devida.
A não perder são as rimas escritas à porta.

terça-feira, 7 de novembro de 2006


Sempre achei piada ver trovoadas; é gratuito e bem melhor que certas coisas que se vê a pagar! Por vezes só se vê um clarão...se se tiver sorte vê-se o raio desenhado no céu depois seguido do som do trovão. Tenho a estranha sensação de me sentir pequeno perante esse espectáculo da natureza, mas ao mesmo tempo sinto-me em segurança.
Ontem o caso mudou de figura. Estava em casa a ouvir e ver a tempestade que se desenrolava lá fora à distância. De repente vejo à minha frente um pequerrucho destes...

seguido imediatamento de um estrondo ensurdecedor que fez estremecer as janelas e disparar os alarmes de todos os carros na rua. A sensação de segurança foi borda fora e num acesso pseudo-religioso pedi secretamente que o próximo caísse bem longe. Lá me fizeram a vontade e os raios foram caindo cada vez mais longe.

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

A sanidade mental está a começar a voltar!

I'm free...
Andei a ser atacado por salmonelas durante o último mês, elas vinham da esquerda, da direita, até das ilhas! Para quem acha que estive trancado na casa de banho durante todo este tempo desengane-se, pois "apenas" estive a compilar todos os dados relativos ao estudo de prevalência de salmonelas em frangos no nosso país, e a enviar os resultados à comissão europeia.
Nos últimos 3 dias trabalhei mais 8 horas (um dia de trabalho) do que o meu horário de pseudo-funcionário público me obrigava. Sonhei com tabelas e ficheiros, perdi o pouco de lucidez que me restava, mas tudo foi entregue a tempo e horas.
Agora é lamber as feridas...e recuperar para o próximo embate!